Em pleno 2023, poucas coisas são mais relacionáveis do que ter passado por um relacionamento tóxico. Ainda mais se for com seu chefe. E é partindo desse mote inusitado que “Renfield: Dando o sangue pelo chefe” chega aos cinemas.
Na produção, Nicholas Hoult (“Mad Max: estrada da fúria”, “O Menu”), muito bem caracterizado no papel de Renfield, vive o capanga assistente insatisfeito de ninguém menos que Conde Drácula, interpretado por seu xará Cage. Além dos Nicholas, o elenco conta com Awkwafina (“Shang-Chi” e “A Despedida”) e Ben Schwartz (“Parks and Recreation”). A direção é de Chris McKay (do excelente “LEGO Batman: O Filme”) e roteiro escrito a 4 mãos cabe a Ryan Ridley (“Rick & Morty”) e Robert Kirkman (“The Walking Dead”).
Trazendo um pouquinho da história: cansado da rotina desprezível, violenta e descolorida que tem ao lado do chefe, nosso anti-herói (será que podemos chamá-lo assim?) busca alguma forma de se libertar do trabalho-prisão que realiza há séculos. Entre atrair, manipular e conduzir as presas de Conde Drácula, Renfield se descobre infeliz.Quando tudo parece sem esperança, é no meio de um grupo de apoio de Dependentes Emocionais Anônimos que Renfield vai encontrar o que precisava para tomar coragem e dar os primeiros passos rumo à liberdade. Entre reuniões sinceras e hilárias, troca de experiências, e uma súbita tomada de consciência, ele vai tentar se livrar do chefe narcisista e quem sabe até encontrar o amor.
Não posso deixar de falar aqui do nosso Conde Drácula vivido por Nick Cage: o astro de “Motoqueiro Fantasma”, “O peso do talento” e “O beijo do vampiro” – essa não é a primeira vez do ator na pele de um sugador de sangue – se diverte horrores no papel do lendário vilão.
Aqui, Conde Drácula aterroriza e arranca risadas na medida certa, e equilibra com maestria essas personas com a de chefe maléfico que não deixa ninguém sair antes das 18h da sexta-feira. Com maquiagem convincente e sorriso sinistro, ele flutua entre estágios de putrefação e glória absoluta na sua capa característica que prestam uma digna homenagem ao ator Béla Lugosi (1882-1956), que definiu o Conde Drácula elegante que conhecemos nas telinhas.
Definido como uma “comédia-terror”, é importante reforçar aqui que as cenas de ação e brutalidade, violência insana e lutas extremamente gráficas constituem boa parte do longa (não tão longo assim, temos enxutos 90 min de filme). Estamos falando de pernas e braços voando, explosões e muito mais. Um pouco exagerado? Talvez. Mas pode ser um divertido passatempo se estivermos dispostos a deixar o mau humor do lado de fora da sala e entrarmos nessa jornada com Renfield em busca do lado bom da vida.
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