Five Nights at Freddy’s

Five Nights at Freddy’s

Five Nights at Freddy’s se perde ao não definir o que quer ser

Em 2021, foi lançado “Willy’s Wonderland”, que é mais um filme da baciada que o Nicolas Cage faz, mas esse era curioso, especialmente porque, na essência, a história lembrava muito um jogo de vídeo game, no caso, Five Nights at Freddy’s, que eu confesso, joguei bem pouco. E agora, dois anos depois, o jogo ganha a sua adaptação oficial para o cinema, que no Brasil recebeu o subtítulo de “O Pesadelo Sem Fim”.

Five Nights at Freddy’s conta a história de Mike (Josh Hutcherson), um rapaz que carrega um trauma da infância que dificulta muito a sua vida no presente. Lutando contra a tia Jane (Mary Stuart Masterson) pela guarda da irmã pequena Abby (Piper Rubio), ele sofre para conseguir um emprego e a única opção é uma vaga de vigia noturno em um restaurante abandonado, na qual ninguém consegue trabalhar mais do que alguns dias. Durante o processo, ele recebe conselhos da policial Vanessa (Elizabeth Lail).

Mike chega para o seu turno da noite com a irmã Abby. (Imagem: divulgação)

O filme é o terceiro longa dirigido por Emma Tammi e tem roteiro dela juntamente com Seth Cuddeback e Scott Cowthon, que roteirizou alguns dos jogos da franquia. E é produzido pela Blumhouse e daí vem um problema. Porque, apesar de ser conhecida pelos filmes de terror, a produtora não tem lá muitos acertos (entre eles, pelo menos pra mim, está o recente “Dezesseis Facadas”, que tem episódio por aqui). Mas, depois de não ter agregado com sua revisita a Exorcista, a Blumhouse também não consegue agradar com Five Nights at Freddy’s.

Porque o filme simplesmente não consegue definir o que quer ser. Não dá para dizer que é um terror, apesar de elementos sobrenaturais, não causa tensão e nem dá sustos. Poderia então ir pelo lado da galhofa, afinal, estamos falando de robôs animatronics assassinos. Mas, não, o filme também se segura aí e não abraça o gore, que nem fez com certo sucesso “O Urso do Pó Branco“. Pelo menos os robôs são bem feitos, até porque em boa parte do tempo deu para colocar pessoas em fantasias.

Os robôs estão entre as poucas coisas que funcionam no filme. (Imagem: divulgação)

Como se não bastasse, o ritmo é arrastado e o filme fica chato com todo o drama pessoal do protagonista. Eu esperava pelo menos me divertir com Five Nights at Freddy’s, mas acabei ficando entediado. Se você quiser ver o mesmo tema sendo tratado de uma forma no mínimo divertida, dê uma chance para Nicolas Cage e o seu personagem sem falas (o cara é bom mesmo) em “Willy’s Wonderland”.

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